quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Crônica: Uma exposição de Física

Uma exposição de Física

Escrito pela professora Ana Lúcia Pintro, após, acompanhar os alunos da 801 na exposição do SESC - Criciúma sobre Ciências do Cotidiano.
Há uma exposição com experimentos de Física acontecendo no SESC de Criciúma. É uma visitação aberta com monitoria e oficinas temáticas. Vamos aprender mais sobre as Ciências do nosso cotidiano? Você está indo para o Ensino Médio e os conceitos que lá estão sendo apresentados lhe ajudarão a entender esse assunto. Sei que esse ano está acabando, mas os tempos de aprender são eternos. Eu te levo, se quiser. Terei prazer em relembrar os conteúdos que estudei quando tinha a sua idade. Fui ontem e desejei tê-lo ao meu lado para que despertasse em você a curiosidade científica. Não pense que quero transformá-lo em um cientista. Almejo apenas que não sejas tão ignorante diante das descobertas e redescobertas divulgadas freqüentemente.
Quero que entendas melhor do que eu, as respostas dadas às perguntas sobre os fenômenos que percebemos diariamente. Por que o céu é azul? Por que o pássaro não leva choque quando pousa no fio de luz? Por que o spray é gelado? Por que os alimentos cozinham mais depressa na panela de pressão? Como podemos calcular a altura de um prédio através das sombras projetadas? Por que o navio não afunda? Sinto saudade da sua divertida fase do “por quê”.
Sairás de lá com mais dúvidas do que tens agora. Pode parecer estranho, mas é assim que aprendemos. Alguns experimentos chamam a atenção pelos movimentos exercidos, outros nos causam estranheza e há até aqueles que nos fazem rir.
Há uma ilusão de ótica interessante. Tentamos pegar um porquinho e descobrimos que a imagem visualizada não corresponde a real. Rimos da incapacidade de nosso cérebro de diferenciar imagens refletidas e reais.
A máquina a vapor encantou gerações. Um modelo do seu funcionamento nos instiga. É fantástico pensar que aquelas engrenagens produzem um movimento capaz de gerar energia elétrica, que por sua vez, pode ser transformada em energia luminosa, sonora ou térmica.
Você poderá sentar numa cadeira giratória, segurar uns pesos – esses usados em academia de ginástica – e enquanto estiver girando, abrir e fechar os braços pra sentir o que acontece. Além, é claro da tontura e da vontade de vomitar.
A famosa Torre de Pisa, da Itália, está representada numa montagem que objetiva demonstrar o que ainda a mantém em pé: o Centro de Gravidade. Só vendo pra entender!
Toda vez que subimos a Serra do Doze, vemos os geradores de energia eólica. Lembra daqueles cata-ventos gigantes da região de Lages? Nós assistimos um biólogo manifestando-se contra o uso dos ventos na produção de energia elétrica por causa dos pássaros que morrem naquelas pás, apesar desse método ser considerado um dos mais limpos. Fizeram um experimento mostrando isso!
Podemos conhecer melhor o sistema de roldanas que visa diminuir o peso levantado. Você poderá puxar as cordas, levantar pesos e analisar na prática, o que calcularás usando fórmulas.
Há uma representação que prova o quanto economizamos usando lâmpadas fluorescentes ao invés de incandescentes.
Colocaram uns espelhos do nosso tamanho que deformam nossa imagem na horizontal, na vertical e em ambas. Fizeram também uma representação das doenças de visão e de como as lentes fazem as correções.
Sobre o pêndulo de Newton e a transmissão de som por fibra óptica, eu não estudei nada nos bancos escolares.
Em compensação, já fiz muitas experiências com imãs, bexigas, velas e bússolas. No entanto, sempre há algo mais a acrescentar ou um questionamento que surge de repente.
Vamos, pegue a lista telefônica e ligue pra confirmar os horários de visitação. Tenho certeza de que vais gostar e talvez, um dia até me agradeça.

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