sexta-feira, 9 de maio de 2014

PALESTRA COM MISSIONÁRIOS DE MOÇAMBIQUE



     Alunos das Séries Finais da EMEF Padre José Francisco Bertero receberam a visita de representantes da Ong IDE Moçambique, nesta sexta-feira, dia 9 de maio.
     O missionário Otávio da Rosa contou sobre suas experiências no país africano, apresentou curiosidades sobre o modo de vida daquele povo e falou da importância de um trabalho que ajude na inclusão, no desenvolvimento e na educação daquela população tão carente. Ele explicou: “Estamos aqui buscando recursos para continuar nosso trabalho. Quando eu e minha esposa Eliane estivemos em Moçambique pela primeira vez nos apaixonamos pelo que conhecemos. Sempre desejamos realizar uma missão na África e hoje sinto que minha primeira casa é lá, e Criciúma passou a ser minha segunda casa.” Ele contou que a expectativa de vida da população é de 52 anos na capital, que 60% é analfabeta, que o custo de vida é alto e que há falta de sonhos das pessoas está em segundo plano porque o essencial é a sobrevivência.
     O moçambicano Angelo Duarte Chipendo está em Criciúma fazendo cursos profissionalizantes para posteriormente retornar ao seu país e colaborar na implantação de programas sociais. Foi muito questionado pelos alunos Pedro Backs Jovenal e Jean Vitor Cordeiro que queriam saber sobre o valor da moeda local, se os homens também envelhecem tão rápido quanto as mulheres, se há uma confederação de futebol, como é alimentação, qual foi o momento mais difícil que ele vivenciou, entre tantas outras coisas. Angelo respondeu: “O pior ano foi o ano de 1983 porque não tinha comida. Fazíamos fila para pegar farinha pra comer. Lá nós comemos chima com caril que é algo parecido com a polenta: a chima é feita de farinha de milho que é branca e caril é um molho.
    A aluna Larissa Casagrande foi impressionada com relatos das crueldades da guerra civil: “O que mais me chamou a atenção foi o fato de que eles, na guerra arrancavam as crianças de suas mães e a esmagavam em um pilão. A situação precária da água e dos alimentos, os sofrimentos das mulheres e das crianças é muito comum. A lição que eles me passaram foi que mesmo com todo o sofrimento que as pessoas passam, elas valorizam o que tem e lutam com o pouco que tem pra ser alguém na vida.

     As professoras Lisiane Potrikus Martinello, Ana Lúcia Pintro e Andreia de Araújo declararam que ficaram emocionadas com os relatos que ouviram e com a participação das turmas: “Nossos alunos precisam conhecer outras realidades para dar mais valor ao que têm. Esses momentos ajudam a sensibilizar nossos corações e nos transformam em pessoas melhores. Percebemos a curiosidade deles em relação à vida do moçambicano. Fizeram questionamentos que nos surpreenderam e acreditamos que irão conversar com seus familiares sobre as coisas que aprenderam com essas pessoas. Momentos como esse são marcantes e provocam ações positivas.
    A escola agradeceu os missionários pela palestra que além de provocar sentimentos de altruísmo, apresentou muitas informações interessantes aos alunos.
 

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