sábado, 6 de dezembro de 2014

ALUNOS DE CRICIÚMA CONHECEM “A PEQUENA TOCA DO ESPÍRITO MAU”



Nesta sexta-feira (5/11) alunos do 8º e 9º Ano da EMEF Padre José Francisco Bertero conheceram a “pequena toca do espírito do mau” que é o significado do nome da ilha de Anhatomirim, em Florianópolis. Vislumbrando o mar da capital catarinense e protegidos pelas sombras de uma jaqueira carregada de frutos ouviram relatos históricos e lendas do lugar. Localizada na Ilha de Anhatomirim, a Fortaleza de Santa Cruz foi a principal fortificação do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina. Construída entre 1739 e 1744, suas edificações somavam um total de 2.678 m² de área construída, abrigando em torno de 60 canhões.
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A professora de História e responsável pela organização do passeio de estudos, Lisiane Potrikus Martinello, justifica que “é importante ampliar a visão de mundo dos estudantes, dar condições para que compreendam melhor a importância das fortalezas na história catarinense e hoje eles tiveram a experiência de estar no cenário da Revolução Federalista.” A professora de Geografia Andréia de Araújo complementa “O comércio estabelecido entre o Brasil e o império português deve-se a essas conquistas territoriais marcadas por muitas revoluções, lutas e guerras. Por isso, há tantas fortalezas em nosso país. As terras ocupadas tinham que ser protegidas.
No século XVIII, Anhatomirim tinha como função principal controlar o movimento de entrada e saída das embarcações nas baías da Ilha de Santa Catarina. Já no século XIX, a Fortaleza de Santa Cruz abrigava um posto de isolamento ou de quarentena quando certas epidemias se alastravam pela região. A Marinha chegou a possuir uma Enfermaria Militar na ilha para atender aos seus militares. A Fortaleza também serviu como prisão federal e dezenas de ilhéus foram fuzilados e mortos, principalmente no episódio da Revolução Federalista (1893/94) no governo do Marechal Floriano Peixoto.
O aluno Gustavo Pickler Arnautz ficou impressionado com as construções antigas. “Gostei de ver o quartel da tropa, o paiol de pólvora, os canhões. A guia de turismo falou que se eu conseguisse arrancar uma bala de canhão que estava exposta, poderia levar embora, mas é claro que estava bem presa e ninguém tem força para arrancar”, conta Gustavo.
O aluno João Vinicius Backes Jovenal relata que está é a segunda vez que está visitando a capital catarinense. “A primeira vez que estive em Florianópolis foi o dia que nasci. Meu pai me trouxe de Içara dentro de uma ambulância porque eu tinha água nos pulmões. Hoje, eu gostei de tudo, menos de não poder pular no mar e nadar na Praia do Francês. Mas, entendo a preocupação da professoras e que isso já tinha sido combinado.”
O grupo de alunos não teve permissão para entrar no quartel da tropa porque há um projeto de restauração, paisagismo e comunicação visual na fortaleza, sendo executado. Também está previsto obras de acessibilidade na fortaleza como a instalação de pequenos bondes, elevadores e rampas para idosos e pessoas com deficiência física.

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