Nesta sexta-feira
(5/11) alunos do 8º e 9º Ano da EMEF Padre José Francisco Bertero conheceram a “pequena
toca do espírito do mau” que é o significado do nome da ilha de Anhatomirim, em
Florianópolis. Vislumbrando o mar da capital catarinense e protegidos pelas
sombras de uma jaqueira carregada de frutos ouviram relatos históricos e lendas
do lugar. Localizada na Ilha de Anhatomirim, a Fortaleza de Santa Cruz foi a principal
fortificação do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina. Construída entre
1739 e 1744, suas edificações somavam um total de 2.678 m² de área construída,
abrigando em torno de 60 canhões.
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A professora de
História e responsável pela organização do passeio de estudos, Lisiane Potrikus
Martinello, justifica que “é importante ampliar
a visão de mundo dos estudantes, dar condições para que compreendam melhor a importância
das fortalezas na história catarinense e hoje eles tiveram a experiência de
estar no cenário da Revolução Federalista.” A professora de Geografia
Andréia de Araújo complementa “O comércio
estabelecido entre o Brasil e o império português deve-se a essas conquistas
territoriais marcadas por muitas revoluções, lutas e guerras. Por isso, há
tantas fortalezas em nosso país. As terras ocupadas tinham que ser protegidas.”
No século XVIII,
Anhatomirim tinha como função principal controlar o movimento de entrada e
saída das embarcações nas baías da Ilha de Santa Catarina. Já no século XIX, a
Fortaleza de Santa Cruz abrigava um posto de isolamento ou de quarentena quando
certas epidemias se alastravam pela região. A Marinha chegou a possuir uma
Enfermaria Militar na ilha para atender aos seus militares. A Fortaleza também
serviu como prisão federal e dezenas de ilhéus foram fuzilados e mortos,
principalmente no episódio da Revolução Federalista (1893/94) no governo do
Marechal Floriano Peixoto.
O aluno Gustavo
Pickler Arnautz ficou impressionado com as construções antigas. “Gostei de ver o quartel da tropa, o paiol de
pólvora, os canhões. A guia de turismo falou que se eu conseguisse arrancar uma
bala de canhão que estava exposta, poderia levar embora, mas é claro que estava
bem presa e ninguém tem força para arrancar”, conta Gustavo.
O aluno João
Vinicius Backes Jovenal relata que está é a segunda vez que está visitando a
capital catarinense. “A primeira vez que
estive em Florianópolis foi o dia que nasci. Meu pai me trouxe de Içara dentro
de uma ambulância porque eu tinha água nos pulmões. Hoje, eu gostei de tudo,
menos de não poder pular no mar e nadar na Praia do Francês. Mas, entendo a preocupação
da professoras e que isso já tinha sido combinado.”
O grupo de
alunos não teve permissão para entrar no quartel da tropa porque há um projeto
de restauração, paisagismo e comunicação visual na fortaleza, sendo executado. Também
está previsto obras de acessibilidade na fortaleza como a instalação de
pequenos bondes, elevadores e rampas para idosos e pessoas com deficiência física.
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