No feriado de 15 de novembro, 25 alunos das
Séries Finais do Ensino Fundamental da EMEF Padre José Francisco Bertero
assistiram uma palestra sobre “Bullying” com Gabriel O Pensador.
Ele contou sobre a faixa “Morte ao Racismo”
que um dia levou para o Maracanã.
Também leu e com a colaboração de alguns
alunos dramatizou a história do livro “Um garoto chamado Rorbeto”.
Os alunos foram acompanhados pelas
professoras Ana Lúcia Pintro e Lívia Feltrin.
TRECHO DO LIVRO QUE GABRIEL O PENSADOR LEU PARA
VOCÊS:
O nome do Rorbeto era assim, meio diferente. Na vila onde ele morava não tinha luz nem gás, mas isso não importava, pois ele gostava era de nadar nas águas do velho rio, subir na jaboticabeira e jogar futebol até a noite chegar. Lá todos os moradores se tratavam como parentes, até mesmo o cachorro Filé.
Assim como o rio, o curso da vida
corria, e o Rorbeto cresceu um menino esperto e curioso. Aprendeu sozinho
muitas coisas, inclusive a contar os amigos na ponta dos dedos: o pai, a mãe, o
cão Filé e mais três. É aí que vem o susto: "Seis dedos em uma mão
só?".
História da faixa: "Racismo é burrice".
O serviço foi feito no chão da
garagem do meu prédio, de onde parti para o estádio do Maracanã, à noite, a fim
de exibi-la na arquibancada durante a partida entre Botafogo e... América? Ou
seria outro time? Bom, isso não importa. E não importava naquela noite também.
Convoquei dois amigos: Vinícius, negro e botafoguense (tudo a ver) e
"Brigadeiro", flamenguista e também negro, mas um pouco menos
empolgado com a ideia, além do meu irmão Tiago, como sempre um grande
companheiro e aliado em várias empreitadas e ideias malucas. E quem nos levou
de carro até lá foi o Nem, o único que já era "de maior". Chegamos e
desenrolamos a enorme faixa de costas para o gramado, perto da grade, bem atrás
do placar central, e dali começamos a dar a volta completa no maraca,
lentamente, carregando e exibindo o nosso protesto para a torcida, que estava
obviamente muito mais interessada em ver o jogo, mas pelo menos não vaiou nem
tacou mijo na gente.
Durante a partida, a faixa ficou o tempo todo pendurada na grade, pra ter a chance de aparecer na televisão durante a transmissão do jogo. E no dia seguinte eu comprei todos os jornais pra ver se tinha escrito "Morte ao Racismo" em alguma foto de gol.
Durante a partida, a faixa ficou o tempo todo pendurada na grade, pra ter a chance de aparecer na televisão durante a transmissão do jogo. E no dia seguinte eu comprei todos os jornais pra ver se tinha escrito "Morte ao Racismo" em alguma foto de gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário