sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Palestra sobre “Bullying” com Gabriel O Pensador

    No feriado de 15 de novembro, 25 alunos das Séries Finais do Ensino Fundamental da EMEF Padre José Francisco Bertero assistiram uma palestra sobre “Bullying” com Gabriel O Pensador.
    Ele contou sobre a faixa “Morte ao Racismo” que um dia levou para o Maracanã.
    Também leu e com a colaboração de alguns alunos dramatizou a história do livro “Um garoto chamado Rorbeto”. 
     Os alunos foram acompanhados pelas professoras Ana Lúcia Pintro e Lívia Feltrin.

TRECHO DO LIVRO QUE GABRIEL O PENSADOR LEU PARA VOCÊS:
    
   
     O nome do Rorbeto era assim, meio diferente. Na vila onde ele morava não tinha luz nem gás, mas isso não importava, pois ele gostava era de nadar nas águas do velho rio, subir na jaboticabeira e jogar futebol até a noite chegar. Lá todos os moradores se tratavam como parentes, até mesmo o cachorro Filé.
   
    Assim como o rio, o curso da vida corria, e o Rorbeto cresceu um menino esperto e curioso. Aprendeu sozinho muitas coisas, inclusive a contar os amigos na ponta dos dedos: o pai, a mãe, o cão Filé e mais três. É aí que vem o susto: "Seis dedos em uma mão só?".


História da faixa: "Racismo é burrice".

O serviço foi feito no chão da garagem do meu prédio, de onde parti para o estádio do Maracanã, à noite, a fim de exibi-la na arquibancada durante a partida entre Botafogo e... América? Ou seria outro time? Bom, isso não importa. E não importava naquela noite também. Convoquei dois amigos: Vinícius, negro e botafoguense (tudo a ver) e "Brigadeiro", flamenguista e também negro, mas um pouco menos empolgado com a ideia, além do meu irmão Tiago, como sempre um grande companheiro e aliado em várias empreitadas e ideias malucas. E quem nos levou de carro até lá foi o Nem, o único que já era "de maior". Chegamos e desenrolamos a enorme faixa de costas para o gramado, perto da grade, bem atrás do placar central, e dali começamos a dar a volta completa no maraca, lentamente, carregando e exibindo o nosso protesto para a torcida, que estava obviamente muito mais interessada em ver o jogo, mas pelo menos não vaiou nem tacou mijo na gente.
Durante a partida, a faixa ficou o tempo todo pendurada na grade, pra ter a chance de aparecer na televisão durante a transmissão do jogo. E no dia seguinte eu comprei todos os jornais pra ver se tinha escrito "Morte ao Racismo" em alguma foto de gol.

Nenhum comentário: